9.2.07

O caminho

Bem, nem sei que hora é essa, mas tou aqui tentando dormir.
Pensando sobre o meu caminho.
Caminho esse que eu desconheço.
De certeza mesmo só tenho uma coisa:
Que me tornei o reflexo da minha própria sorte,
seguindo um caminho que não desenhei.


Mas eu chego lá. De uma forma ou de outra.


Keep Jumping, Papito!

7.2.07

Sempre adiante

- Caralho, que luz é aquela? - Perguntou José pro seu irmão.

- Aquela lá longe? - Respondeu Pedro.

- Sim, aquela mesma, que quase não dá pra enxergar de tão longe que tá a porra.

- Aquela, meu caro, é a luz da esperança.

- Como assim? É tão pequena que eu quase não enxergo. Como pode ser a esperança?

- Aprenda seu merdinha. Ande em direção a ela. Não a perca de vista. – Falou Pedro com toda sua autoridade de irmão mais velho.

- Mas eu já tou indo, mesmo assim ela continua longe véi.

- Seu merdinha de pouca fé, acredita no teu caminho que tu chega lá.

- Hmmm... Sei. É aquela onda de “keep jumping” né? Entendo...

E assim “Zé” continua seu caminho, enquanto ele enxergar a porra da luz, mesmo que distante, ele vai atrás dela. Esse é o espírito da coisa papito.
Não sei se vocês já escutaram Zéu Britto. Se não escutaram, deveriam. Portanto vai aqui uma palhinha de uma das músicas dele:

O hálito roça o dente, o dente roça o pêlo,
O pêlo roça a pele, a pele roça o corpo,
O corpo roça a alma e a alma roça o mundo
E esse negócio de alma na alma é profundo
É o "tete no tete"...
Debaixo da Lua, da noite, do Sol, da manhã, da bomba nuclear
Eu só quero um amor e um lençol...
O mundo pode acabar!

Estrofe da música "Lençol de Casal"

Sei que tou numa fase meio que deprê, mas parece que perdi meu hammister de estimação, ou não.

4.2.07

Se não tem dono, joga no lixo.

- Ei, senhor, isso aqui é seu? - Falou a loira que trabalhava na recepção do prédio.

- Isso o quê? - Pablo nunca gostou de responder uma pergunta com outra, mas nesse caso se fez necessário.

- Isso, caiu do seu bolso.

- Deixe-me ver isso direito. - Falou já pegando a coisa com as mãos e ajeitando os óculos.

- Então, é do senhor?

- Hmmm. O que te faz pensar que isso é meu?

- Nada de mais, somente por ter caído do seu bolso.

- Não, definitivamente não é meu. Não seria seu, miha jovem?

- Meu mesmo não, o senhor acha que eu usaria uma coisa dessas?

- Como não?!! Isso é tão comum, no meu tempo todos usavam com frequencia.

- Hahaha, no seu tempo senhor, no seu tempo, não no meu. No meu tempo isso só serve pra atrapalhar o crescimento profissional ou trazer dor.

E foi no meio desse papo gostoso entre duas gerações distintas que entrou um rapaz todo de branco, com uma expressão de preocupação no rosto, e um tanto afobado.

- Alguém viu um coração por aqui? Não sei como pôde acontecer, mas acredito que ele caiu. Tenho que leva-lo pro hospital agora.

Então a loira gostosa apontou pra Pablo, mostrando ao rapaz o objeto que ele procurava. Ele pegou, colocou dentro da sacola e saiu sem agradecer a ninguem.

Resumindo, já cuidaram um dia, não dão importância hoje. Nem na hora do transplante... que coisa viu... é rir pra não chorar.

Pisa no miilho.

- Eu te dei a maior das coisas e você faz isso porra? - Esbravejou no que parecia mais um grão de areia.

- Mas não era pra fazer assim? – Perguntou levantando sua cabeça pra tentar olhá-lo.

- É isso que ganho com anos e anos de trabalho duro, praticamente sem descanso... – Desacreditou na falta de informação da pergunta.

- Mas é que...

- “Mas é que” nada! Cala essa boca e tentar aprender agora.

- Certo, mas já que não é pra pisar, o que devo fazer? – Perguntou, novamente, olhando para o alto.

- Caralho, eu tou falando grego? – Respondeu ao insignificante ser que estava bem abaixo. E continuou:

- Isso é pra ser usado com cuidado. Tem que saber dosá-lo, na quantidade correta, senão pode estragar.

- Mas é tão bom de pisar, chutar... Será que não posso fazer só um pouquinho?

- Porra, eu já disse não! Usa essa merda direito. Tanta gente já faz errado, vê se ao menos você acerta e salva a sua raça, seu monstrinho.

- Ta bom. Vou colocar no bolso pra ficar guardado. – Então colocou no bolso e saiu saltitando e cantarolando...

- Que merda, deveria ter inventado algo diferente do que esse tal de coração pra guardar a porra do amor. É sempre assim, quando não pisam em cima e chutam, colocam no bolso e fazem o que querem. Mulheres... Valeu a pena perder a costela Adão? – Perguntou ao rapaz que estava logo ali do lado.

- Sabe Deus, me pergunto isso todos os dias. – Falou pensativo o tal do Adão.

Dessa maneira, descobrimos porque elas gostam tanto de pisar e maltratar... Acredito que a costela foi pouco pra ela... Quem mandou barganhar?!!!

=:~~