9.3.07

Reflexão do mês

- Me diz o motivo disso tudo, porra! - Ele parecia estar de saco cheio de ver aquilo todo dia.

- Não existe um motivo Aurélio, essas coisas simplesmente acontecem. - Eu tentava manter as coisas no seu devido lugar.

- Lá vem você com essa conversa de que 'nós somos humanos'.

- E não? Me diga algo que demonstre que estou errado.

- Porra Ric, larga de ser fresco, essa porra de estudo tá fudendo com teu cérebro. - Ironicamente, no mesmo ano que ele largou a faculdade, eu comecei.

- Fudendo porra nenhuma, você que fica nessa neura. Não tem nada de errado no que ele tá fazendo, se ele quer fazer, deixa o cara em paz.

- Então você concorda com ele é?

- Não completamente. - Embora eu acredite que a natureza humana é má, também ficava um tanto puto com aquilo.

- Tá vendo?! - Percebi o brilho de esperança nos olhos dele, esperava uma reação minha.

- Sim, agora percebo o que você quer dizer.

- E aí? O que vamos fazer então? – Mais uma vez ele pergunta esperando uma solução.

- Você eu não sei, mas eu vou querer o meu de galinha.

E é sempre assim, uns se importam, outros nem tanto. Como a natureza humana é falha, podemos esperar o pior das pessoas, e conseqüentemente nos surpreender com as coisas boas. Se ficarmos procurando enxergar sempre o lado ruim, só veremos o lado ruim. Eu tento olhar sempre o lado bom, afinal, sempre existe. Quando uma porta se fecha, outra se abre; uma luz se apaga, outra se acende; uma coisa vai, outra vem.

Se o cara que faz sanduíche não lava as mãos após coçar a bunda, só pra sacanear, eu vejo o tempero do sanduíche. Como um amigo meu disse uma vez: “são as bactérias que dão o sabor!”.

Ps.: essa coisa de Ps é meio fresca.