27.4.07

Vida e Morte de Mesquita - Parte III - Final

Era uma vez um menino, braquinho, gordinho, blá blá blá...

Pra finalizar, o prazo de validade do ebó que o Munrá fez pra ficar eterno, acabou. Mas, contrariando a vontade de muitos, Munrá não morreu simplesmente, ele murchou, até desaparecer. Foi ficando igual a uva-passa, e num belo dia de chuva e trovões, ele desapareceu.

O Sirizinho, que queria ser igual o seu avô, ficou desolado, andando na beira da praia, até que veio uma lula e o engoliu.

O sol brilhou, o povo sorriu, as flores nasceram, e toda essa viadagem de final feliz que se encontra nas estórias...


Fim!

26.4.07

Será!?!?!

Odeio...
Odeio tudo que vem de você
Odeio seu cheiro
Odeio suas roupas
Odeio o seu caminhar
Odeio...


Odeio...
Odeio seus pensamentos
Odeio seu estilo
Odeio seu jeito de me olhar
Odeio...

Odeio...
Odeio seu cinismo
Odeio seu sorriso
Odeio seu modo de falar
Odeio...

Odeio...
Odeio meu reflexo
Odeio o meu ódio
Odeio te amar...
Odeio!

25.4.07

Vida e Morte de Mesquita - Parte II - Neto, o sirí na lata.

Era uma vez um menino, braquinho, gordinho, feinho pra carái, nascido num vilarejo humilde. Esse menino sonhava um dia se tornar o dono do mundo. Seu nome era Antônio Climber Mesquita.

Sei que parece mentira, mas o tinhoso do Munrá conseguiu se acasalar com uma espécie de fêmea fértil. Com isso, gerou uns mulequinho fêi que nem ele, mas o pior de todos era o cramunhãozinho fí de um dos seus fí. Nasceu a cara do Avô, só faltou nascer de cabelo branco o monstrinho... Claro que recebeu logo o nome de Climbinho Neto, ou Munrá Neto.

Munrá Neto sabia que o pai do seu pai não tinha outro fí de rabo pra suceder ele, então começou desde pequeno a aprender o ofício dele. Aos 10 anos começou a queimar a forma de fazer quibe com o vizinho, idoso claro. Tentou ser violento, mas a baixa estatura e o comportamento arredio lhe garantiu apenas o apelido de Siri na Lata Neto.

Certa tarde de sol, Munrá estava nas profundezas do seu castelo sombrio, a repousar, quando soube pela boca de um de seus vassalos que um forasteiro estava se acomodando no seu vilarejo central. Forasteiro esse que conseguiu, em poucos instantes, chamar a atenção de boa parcela dos moradores.

Munrá saiu espumando de seus aposentos, gritando para seus capangas: "Esse mizerávi tem que morrer!! Eu disse morrer sinhas mizéra! Aqui no meu terreiro quem canta de galo sou eu, porra!!".

E o Sirizinho ficou só olhando tentando aprender.


Continua...

24.4.07

Vida e Morte de Mesquita - Parte I - Climbinho, o malvado.

Era uma vez um menino, braquinho, gordinho, feinho pra carái, nascido num vilarejo humilde. Esse menino sonhava um dia se tornar o dono do mundo. Seu nome era Antônio Climber Mesquita.

Aos 10 anos de idade, Climbinho, como era conhecido, após ser violentado por seu vizinho de 70 anos, começou a demonstrar o seu lado perverso. Batia em todos, maltratava os familiares, era de uma malvadeza tamanha que passou a ser conhecido como Climbinho Malvadeza.

Climbinho Malvadeza cresceu determinado a conquistar tudo e todos. Aos 17 anos, se filiou ao Partido Féla Liberal, um partido pequeno, com um furinho no meio, só tinha merda até então.

Climbinho conseguiu um cargo no seu vilarejo, procurou logo amizade com os grandes Curandeiros daquela região. Ficou famoso por conseguir realizar projetos por alí. Todos sabiam que ele roubava metade da colheita pra ele, mas, ficavam felizes e diziam: "ele rouba mas faz".

Clibinho continou crescendo, seu cabelo perdeu a cor, sua pele enrugou, seus amigos morreram, seus inimigos ficaram fortes.

Estava quase atingindo o tão sonhado posto de 'Dono do Mundo', só esqueceu que, assim como toda boa dor de barriga, um dia ele também iria acabar. Então procurou os curandeiros e pediu pra eles contactarem os grandes Deuses, a fim de poder viver mais, e mais, e mais. Os curandeiros aceitaram seu pedido, e providenciaram a sua vida eterna, mas, contudo, ele nao poderia "funrunfar ca guia", senão morreria, e seu nome não seria mais Dadinho, ops, Climbinho, agora se chamaria "Munrá, o ser de vida eterna", porra!



Continua...