25.4.07

Vida e Morte de Mesquita - Parte II - Neto, o sirí na lata.

Era uma vez um menino, braquinho, gordinho, feinho pra carái, nascido num vilarejo humilde. Esse menino sonhava um dia se tornar o dono do mundo. Seu nome era Antônio Climber Mesquita.

Sei que parece mentira, mas o tinhoso do Munrá conseguiu se acasalar com uma espécie de fêmea fértil. Com isso, gerou uns mulequinho fêi que nem ele, mas o pior de todos era o cramunhãozinho fí de um dos seus fí. Nasceu a cara do Avô, só faltou nascer de cabelo branco o monstrinho... Claro que recebeu logo o nome de Climbinho Neto, ou Munrá Neto.

Munrá Neto sabia que o pai do seu pai não tinha outro fí de rabo pra suceder ele, então começou desde pequeno a aprender o ofício dele. Aos 10 anos começou a queimar a forma de fazer quibe com o vizinho, idoso claro. Tentou ser violento, mas a baixa estatura e o comportamento arredio lhe garantiu apenas o apelido de Siri na Lata Neto.

Certa tarde de sol, Munrá estava nas profundezas do seu castelo sombrio, a repousar, quando soube pela boca de um de seus vassalos que um forasteiro estava se acomodando no seu vilarejo central. Forasteiro esse que conseguiu, em poucos instantes, chamar a atenção de boa parcela dos moradores.

Munrá saiu espumando de seus aposentos, gritando para seus capangas: "Esse mizerávi tem que morrer!! Eu disse morrer sinhas mizéra! Aqui no meu terreiro quem canta de galo sou eu, porra!!".

E o Sirizinho ficou só olhando tentando aprender.


Continua...

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