Conversa de teclas batidas
Recentemente comecei a avaliar alguns pontos da minha existência. Confesso que não fui dos melhores humanos, mas fico longe de ser um dos piores também. Tive minhas oportunidades, estraguei várias, estragaram outras tantas. Enfim, hoje eu estou achando que nunca tive nada exclusivamente meu. Calma, não estou falando de traição, não tenho a menor vocação pra ser corno. Estou falando de pioneirismo mesmo. Pioneirismo sentimental pra ser mais exato.
Faz uns 03 meses que comecei esse texto, e acho que sei o que estava pensando ao iniciá-lo: o quão significante é o passado na construção de nossas vidas? E o mais importante, será que devemos pagar hoje por erros outrora cometidos?
Sempre que nos apresentamos à alguém, criamos aquela máscara. Nos mostramos da maneira que a pessoa quer ver: limpinho, educado, não arrota, não peida... essas coisas. O tempo passa, passa, passa... e o realidade vai tomando forma. Quem somos passa a ser representado por "quem fomos": relacionamentos anteriores, erros passados, o frevo da adolescência. Um homem não pode ser digno de confiança apenas por ter "conhecido" mulheres além do normal, ou ainda, uma mulher não pode ser respeitada justamente por ter "feito" coisas demais no passado. Besteira, isso tudo é besteira.
O que foi feito no passado, fica lá! Como dizem lá pro norte das américas "o que acontece em Vegas, fica em Vegas!". Somos o resultado de uma equação complicada envolvendo todos os acontecimentos, logo cada um deles foi importante pra determinar quem somos hoje. Pai, mãe, esposo, patrão, chefe, serial killer... vai saber. Apenas somos o que somos, e não se muda. Aceite o que a vida te oferta, sempre.
Ps.: Minha besteira do passado me gerou a melhor coisa do mundo, e carrego o nome dela tatuado no braço.
Ps2.: E todas as outras que eu fiz me deram sabedoria pra conseguir agarrar a oferta da vida, e tá dormindo aqui do meu lado agora!