Diz aí - Parte Um - Começo do fim.

Era mais uma tarde comum de sábado. Eu era um desses funcionários que, mesmo depois do expediente, voltava ao local de trabalho, não por babação de ovo ou puxa-saquismo, mas por gostar de usufruir gratuitamente das beneficies do trabalho.

Estavamos distraídos com todo o entretenimento do local, tanto que não percebi um amigo antigo se aproximar. Chegando perto ele me chamou, quando olhei pro lado senti um misto de alegria e apreensão. "Se soubesse da guerra, talvez o homem nunca tivesse inventado a pólvora".

Ela era linda, que, aliás, continua sendo, até mais do que antes. Não sei quanto a vocês, mas um aparelho na boca, pra mim, é golpe baixo, 50% do caminho pra me deixar alucinado. Entretanto fiquei na defensiva, esse meu amigo, apesar da aparência um tanto desfavorecida, tinha o dom e a fama de "pegador", logo pensei se tratar de mais uma das suas.

Após obter minha total atenção, e depois de todo rito de cumprimento, fui apresentado ao meu melhor sonho e pior pesadelo... Pra minha felicidade ela não era nada dele além de amiga, embora eu tenha sido apresentado como "minha irmã, tome cuidado!". A sensação de receber uma notícia dessa deve ser a mesma de ganhar na mega-sena.

Pra mim bastava pr'aquele dia. Fui dormir com um sorriso no rosto, e na mente nada além de expectativas...

Juro que se soubesse o que viria pela frente, faria tudo novamente...